O inchaço causado pelo acúmulo de linfa nos tecidos debaixo da pele, que ocorre principalmente em membros como pernas e braços, é chamado Linfedema e pode acarretar em vários problemas, tanto estéticos quanto funcionais, prejudicando a qualidade de vida dos pacientes portadores dessa condição.
Continue a leitura desse conteúdo para se aprofundar no assunto e entender quais são os recursos mais utilizados no tratamento.
Sumário
O que é Linfedema?

O linfedema é um inchaço progressivo que acontece quando o sistema linfático, responsável por drenar o excesso de líquidos do corpo, não funciona corretamente.
Esse acúmulo de líquido, geralmente nos braços ou nas pernas, pode surgir por diversos motivos, como cirurgias, infecções, radioterapia ou até mesmo por alterações no próprio desenvolvimento do sistema linfático.
Além do desconforto físico, o linfedema pode afetar a mobilidade, a pele – com lesões teciduais – e até a autoestima do paciente, visto que, prejudica a qualidade de vida e a execução de tarefas simples.
O diagnóstico precoce é fundamental para evitar que a doença alcance estágios mais avançados e limitantes.
Quais são as causas do Linfedema?
As causas do linfedema variam muito, mas todas envolvem algum tipo de alteração no funcionamento do sistema linfático.
Em alguns casos, a pessoa já nasce com esse sistema comprometido, o que chamamos de linfedema primário — que pode se manifestar ainda na infância, adolescência ou até na vida adulta. Já o linfedema secundário é mais comum e costuma surgir como consequência de cirurgias, remoção de gânglios linfáticos, tratamentos contra o câncer (como radioterapia), infecções graves ou traumas.
Esses fatores podem danificar ou obstruir os vasos linfáticos, dificultando a drenagem natural dos líquidos e levando ao inchaço característico da condição clínica.
Quais são os sintomas?

Um dos principais sintomas é o inchaço que pode, ou não, estar associado a desconforto e dor.
Os sintomas observados podem ser divididos em estágios, de 0 à III de acordo com a gravidade da doença, sendo que, nos primeiros estágios, pode ser observado um inchaço mais superficial com pouca ou nenhuma progressão do edema para o estado de fibrose. Nos primeiros estágios dos sintomas, é possível alcançar uma regressão completa com o repouso noturno.
Já no último estágio, a doença chega a uma fase mais grave, causando deformidade nos membros afetados e incapacidade funcional.
Outros sintomas relatados por pacientes que são acometidos pelo linfedema são:
- Incômodo e sensação de peso;
- Sensação de formigamento no local afetado;
- Sensação de aperto ao utilizar roupas que estejam diretamente em contato com a região.
Como é o tratamento do Linfedema?
Por ser uma doença crônica, o Linfedema não tem cura e não há nenhum tratamento atualmente que consiga restabelecer as funções linfáticas normais e uma regressão completa das alterações teciduais.
Porém, possui um tratamento bem individualizado que varia de acordo com o local afetado e deve ser mantido ao longo de toda a vida do paciente.
O tratamento consiste em aliviar os sintomas e reduzir o inchaço. Além dos cuidados com a pele e a prática de exercícios que favorecem a drenagem da linfa, podemos citar como tratamentos muito utilizados, a drenagem linfática manual e a terapia compressiva.
A drenagem linfática manual é uma técnica que auxilia no descongestionamento das vias linfáticas.
Durante o procedimento, o profissional de saúde utiliza técnicas de massagem, aplicando uma leve pressão em áreas estratégicas, favorecendo a eliminação do excesso de líquidos ricos em proteínas e resíduos metabólicos do sistema linfático. Como resultado, há um redirecionamento dos fluídos, o que contribui na absorção da linfa através das vias linfáticas e linfonodos.
Benefícios da drenagem linfática manual para o paciente:
- Redução do inchaço;
- Alivio da dor e da sensibilidade;
- Melhora na circulação;
- Melhora na mobilidade e qualidade de vida.
Já a terapia compressiva, é um método muito utilizado no tratamento do linfedema e de outras condições relacionadas ao acúmulo de líquidos nos tecidos. Seu principal objetivo é estimular o retorno do fluido linfático e reduzir o inchaço, por meio da aplicação de uma pressão controlada na região afetada. Essa compressão pode ser feita com diferentes recursos, como bandagens, meias elásticas, espumas e materiais acolchoados, sendo essencial que o sistema compressivo seja seguro, confortável e bem adaptado ao corpo do paciente.
Por que utilizar a malha tubular no tratamento do linfedema?
A malha tubular, embora mais conhecida por seu uso em tipóias e imobilizações articulares, é também uma aliada valiosa em garantir que a compressão com bandagens e faixas seja confortável e melhor se adapta à anatomia do paciente.
Nas terapias compressivas, ela atua principalmente como uma camada de proteção aplicada diretamente sobre a pele, antes das bandagens. Essa função traz diversos benefícios: evita atrito e irritações causadas pelo contato direto das faixas, ajuda a manter as bandagens no lugar mesmo com os movimentos do paciente, e proporciona uma base uniforme que melhora a eficácia do tratamento.
Além disso, a malha tubular pode ser combinada com outros materiais — como espumas ou acolchoamentos — formando um sistema compressivo adaptável, especialmente útil em regiões anatômicas mais complexas, como tornozelos e punhos.
Em alguns casos, o uso de malhas com gramaturas diversas também permite um controle mais preciso da pressão exercida, o que pode ser vantajoso em fases iniciais do tratamento ou em pacientes com maior sensibilidade.
Embora não exerça compressão ativa, a malha tubular contribui diretamente para a segurança, estabilidade e desempenho do tratamento.
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